segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Mais fotos das Highlands

Mais fotinhos... O búfalo-touro é o Hammish, famosíssimo por aquelas bandas.









Highlands and Loch Ness

Mais fotos pra vocês. Reparem na indumentária da criatura que vos escreve. Peguei menos 3 graus...









Highlands and Loch Ness


Fui conhecer as famosas Highlands e o Lago Ness (isso mesmo -aquele do monstro).
As montanhas e os vales me lembraram Campos do Jordão. [O Brasil é realmente incrível, gente, há de tudo um pouco na nossa terra abençoada. Não é de admirar que os gringos amam nosso país. Eles conseguem se sentir em casa...]
No caminho, uma parada num belvedere e uma surpresa: um gaiteiro. Não era o melhor dos pipers, mas ele nos brindou com uma tradicionalíssima música escocesa tocada na sua "bag pipe" e, de quebra, tínhamos uma paisagem incrível ao fundo. Filmei um trechinho. Espero que vocês consigam assistir. E não reparem na posição deitada do vídeo. Esqueci que quando se filma na posição vertical, não é possível girar a imagem como uma fotografia...

Edimburgo


Depois da correria para pegar o trem, finalmente segui para a terra de Sir Sean Connery, de William Wallace, do legítimo uísque escocês, do lago Ness...

Cheguei à tarde e percebi que o fim de semana seria gelado. Às 15h30 a temperatura era de 3 graus. Fui a pé para o hotel e larguei as coisas lá. Corri para o castelo. Cheguei às 16h. A visitação terminaria às 17h. Entrei assim mesmo. Quando saí, às 17h10, estava noite fechada. Temperatura: 1 grau. Andei pela Old Town, entrei nas lojas de kilts e de cacarecos, me diverti. Fui jantar num pub e comi dois dos mais típicos e tradicionais pratos escoceses: 1) Haggies, neeps and tatties: vísceras de carneiro com aveia, cozidas no intestino do bicho, purê de nabo e purê de batata. (Comi primeiro e perguntei bem depois!) 2) Cullen Skink: sopa cremosa de batata com cebola e haddock defumado. Para acompanhar, uma cerveja escocesa deliciosa (suave e docinha), cujo nome infelizmente esqueci de anotar. Voltei para o hotel a pé, sob um frio de não sei quantos graus negativos. Tomei um banho "pelando" de banheira, caí na cama a apaguei. O dia seguinte seria bem cansativo, as well...




Enganos...

Fui para Edimburgo no fim de semana. Comprei as passagens (de trem) com bastante antecedência, na estação Victoria. No dia da viagem, peguei minha malinha (super básica, quase minúscula) e fui de underground (metrô) para a estação. Cheguei cedo, pois detesto correria. Procurei a plataforma de embarque para Edimburgo e nada...
Fui até a central de informações e no meu melhor inglês perguntei: "Por favor, onde fica a plataforma de embarque para Edimburgo"?
A resposta tirou meu fôlego: "Fica na estação King's Cross. Aqui só há trens para o Sul e Sudeste do Reino Unido. Os trens que vão para o Norte saem de outra estação. São 9h30. Se você se apressar, talvez chegue a tempo." (o trem partiria às 10h)
Acho que nunca corri tanto na vida. Saí feito louca, ultrapassando todo mundo. Voltei para o underground e pulei dentro do vagão. Cheguei na estação King's Cross dois minutos antes de o trem partir.
Pois é, eu não sabia que havia diferentes estações de trem em Londres. Ninguém me explicou nada, pois aqui só te dão informação se você perguntar algo. Bem, aprendi mais uma lição. O fato é: estou um bocado cansada de tentar entender os gringos, de tentar me adaptar a uma cultura diferente, a uma terra diferente, aos hábitos diferentes. O esforço tem sido tão grande que creio estar beirando a exaustão mental. Mesmo assim, continuo dando o meu melhor.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ruídos na comunicação (de novo)

Combinei de ir ao cinema com Mariko (Japão - na foto, ao meu lado) e Jessica (Venezuela). Marcamos como meeting point a casa em que moro. Mostrei no mapa como chegar lá, dei o telefone da casa. Tudo certinho. Na hora combinada, Mariko telefonou. Estava perdida e havia esquecido o mapa em casa. Eu não conseguia entender o que ela dizia, e ela não conseguia me entender. Foi um sufoco. Pedi a ela que ficasse na frente de uma rotisseria italiana, na rua da escola (moro relativamente perto de lá) e disse: Não saia daí, estou a caminho! Assim que desliguei, lembrei que não tinha o telefone da Mariko. Saindo de casa, encontrei Jessica. Felizmente ela tinha o número. Chegamos à rotisseria e nem sinal da Mariko. Jessica ligou e, depois de uns 5 minutos de conversa, vimos a nossa japinha correndo na nossa direção. Thank God! A pobrezinha estava chorando de medo. Ai, que droga! Por causa dessa dificuldade de entendimento, minha amiguinha ficou em uma situação de risco. Eu me senti um lixo, e Mariko também, porque a gente percebeu que, além de sermos péssimas como GPS humanos, também somos meio surdas. Pra completar, fomos assistir "A Christmas Carol" e não conseguimos entender muitas palavras e expressões dos diálogos. Frustrante. Uma noite pra ser esquecida... ou não?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Novo balanço de Londres

Prometi que mostraria o meu novo quarto (uma linda suíte), mas acabei não fazendo as fotos por puro esquecimento. No entanto, aqui vai a foto do meu cantinho londrino.
O quarto é grande e não cabe na foto toda. É confortável e aconchegante. Mas o melhor de tudo é a host family. Essa família é incrível! Luciano (lê-se Lutchiano) é italiano da Sardenha. Aos 16 anos foi para a Alemanha tentar uma vida melhor. Veio para a Inglaterra aos 18 anos, sem falar nada de inglês, e venceu aqui. Não tem sotaque algum, pelo menos para mim. Casou-se com Ita (cujos pais migraram da Irlanda, nos anos 40). Têm 2 filhos fantásticos: Olivia e Fabio (10 e 8 anos), que me ajudam a aprender expressões cotidianas e a linguagem infantil. Eles amam fazer arte, então, à noite, depois do jantar, fazemos alguma atividade juntos: porta-retrato de jornal enrolado, porta-retrato de palitos de sorvete, bijuterias, beijinho (não farei brigadeiro na Europa nunca mais!). Conto histórias para eles (em inglês, mas eles têm de corrigir os meus erros), eles leem histórias para mim, cantamos juntos e fazemos lição de casa (menos a de matemática). Agora posso dizer que Londres está sendo uma experiência boa...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Turistando (2)


Fui a Greenwich, de barco. Visitei o meridiano 0, "onde o tempo começa", dizem os cartazes. Estranho... o tempo é uma invenção humana, para controlar as atividades cotidianas, então, por que é necessário localizar o tempo a partir de um determinado lugar? Tempo e espaço convivem desde os primórdios, é verdade, mas seria correto situá-lo em sua origem justamente ali? Altas filosofias para um fim de noite chuvoso, hein?...

Estátuas...

Algumas parecem ter vida. Outras são medíocres. A diversão, no entanto, é garantida.





Albert, darling... você poderia me explicar novamente aquela sua teoria maluca?


Bad bad boy... No donuts for you...


Te cuida, Angelina...

Turistando (1)


Há 14 anos, quando estive pela primeira vez em Londres, fiz os típicos passeios de turista. Dessa vez decidi fazer coisas diferentes, mas não resisti e acabei bancando a turista de primeira viagem. Além do tradicionalíssimo passeio pela zona central de Londres e suas ruas incrivelmente adornadas para o Natal, também fui ao museu de cera de Madame Tussaud. Ponto alto da visita; George Clooney, claro! Por causa dele, a mulherada perde a cabeça e age de forma descontrolada. Fui empurrada por um grupo de fãs ensandecidas querendo tirar fotos com a estátua dele. Entre elas, duas brasileiras muito mal educadas e extremamente grosseiras. Pensaram que eu era italiana e disseram coisas desagradáveis, quando chamei a atenção - em inglês - daquele mulherio para a fila de mulheres que aguardava, pacientemente, a vez para fazer a foto. Mal elas terminaram de fazer os comentários, eu me dirigi a elas em bom português e com escárnio: "Ah! Vocês são brasileiras, é? Tenhovergonha de vocês!" As duas sumiram. É por causa de gente como aquelas duas que os brasileiros ganham má fama no exterior. Deu vontade de dar uns sopapos nas criaturas. Bem, chega de falatório e vamos ao que interessa: George Clooney. Se é lindo e sexy como estátua deve ser três vezes mais interessante em pessoa!!!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Starting over again

Tudo na antureza se renova. É possivel recomeçar (to start over again). Assim também é a vida. Gosto de andar a pé pela cidade e apreciar a paisagem, de ver as árvores caducas, os tipos urbanos e de ouvir os diferentes falares que se espalham por aqui.
A diversidade é imensa. Na região em que vivo há, predominantemente, judeus, indianos, paquistaneses, gregos e iranianos. Difícil encontrar um inglês por aqui.
Eu achei que seria confundida facilmente com uma iraniana ou grega, mas não! Acham que sou italiana!!! (Será que é por causa do tamanho dos quadris?)
O casal que me hospeda é intercultural: ele é italiano da Sardenha e ela é metade inglesa, metade escocesa. Eu sou um quarto italiana, um quarto portuguesa, um quarto espanhola e um quarto de origem mista (índio, negro e sei lá mais o quê!). Estou realmente à vontade aqui!

Mas tanta diversidade tem um lado nada glamuroso: para estar aqui, muitos imigrantes passam por poucas e boas. Alguns não se recuperam da saudade de casa e adoecem (homesickness). Vivem isolados e tristes. Não se misturam com a população local, não aprendem a língua com propriedade, não se adaptam... Ou porque não conseguem ou porque não querem.

Triste fato: a maioria vem para cá sonhando ganhar dinheiro para voltar, e acha que a ausência será temporária e breve. Porém, um dia acordam e percebem que se passaram 20, 30 anos e eles agem como se tivessem acabado de chegar. Quando pergunto se gostariam de voltar para sua terra natal, para ter uma vida diferente, a resposta vem rápida: "Oh! Não! Agora é muito tarde para recomeçar"...

Será?



terça-feira, 17 de novembro de 2009

Recomeçando Londres

Para tranquilizar familiares e amigos, tirarei fotos da nova casa em que estou e mostrarei no blog. Estou muito bem instalada. A nova Host Family tem se mostrado especial. Estou adorando ficar com eles. Tenho um quarto amplo e iluminado e um banheiro exclusivo. O casal tem dois filhos educados, inteligentes e queridos. Agora posso respirar aliviada.
Estou realmente feliz.
Para mim, a estada em Londres começou no sábado, dia 14 de novembro.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Balanço pós-Hastings

Impossível não comparar a vida que eu tive nos últimos dois meses com essa que encaro agora.
Nem tudo foi uma mar de rosas, é verdade, mas no interior eu sinto que fui mais feliz. E lá fiz amigos incríveis, com os quais me comunico sempre que tenho conexão.
Uma coisa muito boa aconteceu: as andanças pelas colinas e ladeiras de Hastings, aliadas à comida natural-orgânica-saudável e de baixa caloria de Christiana, me rendeu 8 kg a menos. Realmente, emagreci sem perceber.
E olha que comi chocolate, bebi larger Shandy (soda limonada com cerveja), bebi vinho e mesmo assim emagreci tudo isso. Milagre? Balança com defeito? Creio que não. Minha roupa está dançando em mim, e tive de fazer mais 4 furos no cinto.
Aqui em Londres terei de ser cautelosa, pois há um café perto da nova escola que é uma perdição: tudo orgânico, fresquinho, delicioso... e calórico, como o muffin de chocolate e o de cappuccino. Afe!
Em compensação, meu almoço é apenas uma sopa, orgânica e sem sal. O jantar tem sido comida grega: mussaka, peixe frito, carne assada...
Como ainda estou me adaptando a tudo e a todos, comer tem sido uma dificuldade. A comida não desce. Mas sei que em alguns dias estarei adaptada.
Caramba, que saudade de Hastings!

Chegando em Londres

O motorista que me levou para Londres não conhecia bem a cidade (apesar de ter morado lá). Fomos para o endereço que eu tinha mas, chegando lá, uma surpresa: era uma rua comercial, estreitíssima. Perguntei se alguma outra região da cidade poderia ter uma rua com o mesmo nome. Ele ligou para a família e confirmou: estávamos no lugar errado. Como todo bom motorista “macho e autônomo” que se preza, ele não pedia informação, não tinha GPS e usava um velho mapa (que estava desatualizado). Resultado: em vez de chegar às 13h30 conforme o previsto, cheguei na casa do casal Savva às 17h. A host lady pensou que eu havia sido sequestrada e queria chamar a polícia.
Estou morando com um casal de gregos: Adam e Margarita Savva. Ele tem 73 e ela tem 70 anos. Moram em Londres há 50 anos. Têm 3 filhos e 6 netos.
A casa é bem velha e parece um museu. Tem imagem de santo pra todo lado. Estou na zona norte de Londres, uma região que foi povoada por imigrantes indianos, paquistaneses, judeus, árabes e gregos. Multicultural, como eu gosto, mas também cheia de problemas como gangues de jovens, assaltos, drogas, etc.
O mundo não me parece tão grande agora.

Mas o que me incomoda tremendamente é o quarto que me deram. É realmente minúsculo, sujo e desconfortável. Um muquifo. Impossível ficar lá. Reclamei na hora e me puseram no quarto da outra estudante, o que também não é bom, pois pagamos por quartos individuais. Reclamei de novo, e de novo, e de novo... agora a escola está providenciando minha mudança para outra casa. Na foto, o quartinho nada aconchegante, padrão "standard" de Londres...

Adeus Hastings

“Já está chegando a hora de ir, vim aqui me despedir de vocês...”
Como bem diz a música de Roberto Carlos, é preciso saber dizer adeus e seguir em frente. Mas como é difícil deixar para trás tantas coisas boas e pessoas tão incríveis.
Dizer adeus para meus host brothers & sister foi dificílimo. Chorei muito, abraçada a Sina, que ainda estava convalescendo do rotavírus. Cuidei dela como pude: fiz soro caseiro e canja. Troquei os lençois da cama, que estavam IMUNDOS, por conta da diarréia. A host mother mostrou que de mother não tinha nada. Deixou a menina completamente sem assistência. Sequer foi levar um copo de água para ela, ou perguntar se precisava de ajuda. Frieza britânica ou descaso? Ainda me arrepio quando lembro que ela se negou a emprestar o termômetro porque Sina iria infectar o objeto. Expliquei que bastava limpar com álcool. Ela não emprestou. E a mulher é enfermeira aposentada!!!
Sina foi, por dois meses, a filha que eu nunca tive. E foi uma experiência linda. Adotamo-nos imediatamente. Ela vai para o Brasil em março. Eu prometi que vou para a Alemanha assim que puder.
Quando estava partindo, Sina me deu um pacote e disse para eu abrir apenas quando estivesse longe. Não aguentou me ver ir embora e ficou no quarto, chorando.
Já saindo de Hastings, no carro, abri o pacote. Era um caderno em que ela colou muitas fotos minhas, desde a minha chegada, e com diferentes pessoas. Sina pediu a cada colega que conviveu comigo que escrevesse algo numa página. Depois colou uma foto minha com essa pessoa. Cada um deixou uma mensagem linda e especial. Foi emoção demais. Chorei como nunca havia chorado na vida. Soluçava ao ler as coisas lindas que escreveram para mim.
Disseram que transformei a vida deles.
Mal sabem eles o quanto transformaram a minha vida.
Mal sabem eles o quanto aprendi com cada um, a cada dia.
Meu irmão me escreveu um e-mail dizendo que percebeu uma mudança sutil em mim.
Mano, depois do que vi e vivi essa semana, a sutileza acabou. Definitivamente, sou outra pessoa agora.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Despedidas (5)


Com Galina e Yetta

Despedidas (4)

Com Íris e Valentina



Despedidas (3)


My beloved teacher Romana, "larger than life", amazing person and human being...



Despedidas (2)

Kelly e eu, Josué e eu...


Despedidas

Sina e eu... Tomas e eu...






So long Farewell, Good bye... (2)

Preparei uma mensagem de despedida para todos os alunos e funcionários da escola. Coloquei num envelope com um docinho (pra adoçar a vida...) e entreguei tudo na quinta-feira. Ninguém esperava. Ninguém nunca havia feito isso antes. Uma das turmas retribuiu com uma homenagem. Invadiram a minha classe e recitaram um poema que escreveram para mim. Nem preciso dizer o que aconteceu. Maria do Pranto versão inglesa: Mary tears. Na sexta-feira, fui para o meu último dia de aula vestida de alienígena. Coloquei minhas lentes de contato vermelhas, uma roupa preta e disse que era amiga da Célia. Assustei todo mundo. Recebi abraços e beijos. Aí minha professora, Romana, soltou: mas a gente vai se ver na festa, hoje à noite! Eu sabia! Sina organizou uma festa surpresa. Não pôde ir, pois estava em casa com 38 graus de febre. Eu fui, debaixo de uma chuva "daquelas" e com o coração na mão, mas tinha de honrar o compromisso. Foi bacana. Na foto, estou com Júlio, do México. Ele aprendeu Português só pra me dizer que eu sou a pessoa mais bacana que ele já conheceu. Um doce!

So long, Farewell, Good bye...

A semana foi de despedidas. Primeiro, fomos jantar num restaurante italiano (na foto, Alessandra, Abdullah e eu). Depois, fomos a um Karaokê. Mico total, pois não havia lista de músicas para escolher. Você tinha de escrever num papel o nome da música que queria cantar e o nome do cantor (e só valia música em inglês, claro!). A gente escorregou um bocado na pronúncia, desafinou mas conseguiu se divertir. Afinal de contas, ninguém aspirava ser um profissional. Mas acho que alguns de nós chegaram bem perto!

ausência e mudanças

Fiquei um longo tempo sem escrever por conta de muitas coisas que aconteceram. Foi uma semana de despedidas, de surpresas e muita tristeza. A cada dia, tentava me reunir com um grupo de amigos para dizer "Good bye". Nesse ínterim, minha irmãzinha caçula, Sina, ficou doente e descobri que o sistema de saúde gratuito do Reino Unido é tão ruim (ou pior) que o SUS. Você pode morrer sem atendimento, não importa o quanto urgente é seu problema. Primeiro mundo? Uma ova! Bem, não vale a pena desfiar tudo de ruim que aconteceu (e não foi pouca coisa). Quero esquecer as coisas ruins e me focar nas coisas boas.
Caramba, gente, que saudade do Brasil!
"Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá
As aves que aqui gorgeiam não gorgeiam como lá..."
Não permita Deus que eu precise de assistência médica aqui.
Prefiro ir pro HC ou pra Santa Casa ou até mesmo o Mandaqui!

Abençoado Brasil!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Halloween 2



Sábado fui à minha primeira festa de Halloween. Improvisei uma fantasia com as coisas que tenho. Comprei caninos postiços para colar sobre os meus, sangue artificial e maquiagem branca para arrasar como vampira. Providenciei lentes de contato vermelhas, para ficar bem assustadora. Depois de maquiar 2 vampiros e uma diabinha (Miguel, Tomas e Sina), corri para me arrumar. Na hora de colar os dentes, quebrei um deles. Bloody shit!

Como eu poderia ser uma vampira sem caninos gigantescos? Mudei o conceito da fantasia para Witch Bitch (uma bruxa daquelas bem safadas). I did my best. Ficou bom. Fiz cara de malvada e pintei dois furos no pescoço, para simular uma recém-entrada no mundo vampiresco.

A festa estava uma delícia, até eu tomar o "ponche". Sabe aqueles filmes em que alguém joga bebida no ponche sem os outros saberem? Pois é. Muita gente ajudou a fazer e acabou acrescentando uma coisinha a mais a cada vez. O danado virou um "Boa-noite Cinderela". Dois copos de ponche foram suficientes para me tirar do ar. Fiquei tão mal que apaguei. Literalmente. Acordei de madrugada na minha cama, fantasiada, com as lentes de contato nos olhos e uma dor de cabeça imensa. Não lembro de nada do que aconteceu. Vi as fotos que os colegas tiraram de mim e não acreditei. Dancei, pulei, me diverti de monte. O raio do ponche tinha cinco qualidades de bebida alcoólica. Não é pra menos que apaguei. Só sei que terminei a noite "chamando o Hugo" no banheiro e sendo socorrida pelos amigos (todos bêbados também). O mais engraçado é que, mesmo semi-consciente, continuei falando inglês com a turma. Cada vez que alguém falava meu nome eu respondia : Hi. I'm here!

Sei dessas coisas pelos relatos dos colegas. Ainda continuo sofrendo de amnésia...






domingo, 1 de novembro de 2009

Halloween 1


A semana foi puxada. No simulado do IELTS, obtive o nível 7, o que significa um bom domínio do idioma. É a nota mínima exigida em Cambridge. As demais universidades aceitam 6 ou 6.5.

Sexta-feira começaram as comemorações do Halloween. As professoras avisaram que poderíamos ir "dressed up". Comprei uns acessórios e fui fantasiada para a escola. Caprichei no visual de elfo (com direito a orelhas pontudas) e fiz maquiagem especial. Fui a ÚNICA aluna a ir fantasiada para as aulas. Romana, minha professora, estava usando algo diferente também. Seria um mico imenso no Brasil. Aqui não. Uma das professoras, quando me viu, gritou: "Oh, my God, Startrek!" Retruquei na hora: "I'm an Elf, not a vulcan!" Entrei no papel e disse que minha amiga Célia havia pedido para eu passar na escola para dar um alô para a turma e deixar alguma energia curativa, pois muitos colegas estavam de partida e a tristeza imperava. Apresentei-me como Nahlini, a elfa. Escrevi, no quadro, uma mensagem de despedida para os que partiriam e saí pela sala encostando a testa na testa dos colegas (método élfico de cura). Foi divertidíssimo. Romana, a professora, entrou na brincadeira e tivemos um momento mágico de muita descontração e alegria. Pura energia curativa para corações entristecidos.