sábado, 8 de janeiro de 2011

Andarilha

Este conto acaba de sair do forno e reflete meu momento atual... Compartilho com vocês!
Bjs.

Um dia ela acordou inquieta. Tudo no quarto parecia diferente, estranho, propriedade alheia.
Estranhou a casa e os objetos.
Estranhou as pessoas que lá estavam, a comida, os cheiros...
Quando abriu a porta da rua, foi arrebatada e sentiu vontade de correr, voar.
Voltou para o quarto e jogou numa mochila apenas o que podia carregar.
Saiu porta afora levando consigo poucos pertences e muitas lembranças.
Caminhou sem rumo até atingir certa distância da vida que um dia teve.
Respirou fundo, olhou para trás - sem arrependimento - e caminhou rumo a uma vida sem planejamento, sem programação, que ela começava a construir naquele exato momento.
Um leme interno indicava o caminho.
Onde iria dar? Não sabia.
Uma certeza interna a fazia prosseguir.
O que era? Não fazia ideia.
Um medo dava forças para que continuasse: o de deixar de viver seus sonhos e ser uma morta-viva.
Continuou andando.

Ainda hoje é possível ver seus rastros espalhados por aí...
Copyright Célia Cris Silva

4 comentários:

  1. Célia, que bom te ver de novo em nossa telinha. Desejamos a você, uma caminhada longa, que seus rastros fiquem impregnados e evidentes, para que nós, seus amigos, a possamos rastrear, acompanhar e porque não te seguir. Já fomos além mar, atravessamos a linha do equador para te ver, porque não outra vez? Beijos
    Clóvis e Lourdes

    ResponderExcluir
  2. Lou, minha irmãzinha, obrigada por tanto carinho. Será um prazer encontrar com vocês novamente. E será mais fácil, nem será necessário atravessar o Canal da Mancha!!! Bjs.

    ResponderExcluir
  3. Oi Célia, que mistério. Fiquei com vontade de ler mais.
    E que estória é essa de deixar tudo para trás? Pra onde vai agora?
    Super beijo.

    ResponderExcluir
  4. Estou a caminho da Holanda! Fique ligada no blog; continuarei escrevendo nele e postarei fotos! Bj.

    ResponderExcluir