quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Fazendo arte

Estou fazendo fisioterapia para o pulso e para a coluna lombar. Na clínica, 80% do público é de idosos e o restante é de pessoas mais jovens que se acidentaram ou que têm má-postura, tiveram lesões por exercícios repetitivos, etc. (Por enquanto, estou nesses 20%)
Numa das sessões, estava com os eletrodos de ondas curtas nas costas, mas achei que os "choquinhos" estavam muito fracos e decidi aumentar a potência do aparelho por conta própria, já que o fisioterapeuta estava super ocupado atendendo uma senhorinha. Girei o botãozinho, mas não senti muita diferença. Então, girei os dois botões do aparelho, achando que era necessário acioná-los ao mesmo tempo. Ninguém me viu fazendo isso. (Fui muito ligeira!)
Ao meu lado havia um senhor, lendo. Ele começou a se agitar e a gritar que os choques estavam muito fortes. Só então percebi que havia dois conjuntos de eletrodos saindo do aparelho ao qual eu estava conectada. Um vinha para as minhas costas e o outro ia para o joelho dele.
Ai, ai, ai... Eu havia aumentado a potência dos choques nas minhas costas e também no joelho daquele senhor!!! O fisioterapeuta veio correndo e desligou a máquina. Expliquei o que eu havia feito, pedi mil desculpas e levei uma bronca: "Não mexa nos aparelhos, minha senhora. Chame sempre um profissional para fazer isso!" (Caramba, que mico!). Não foi intencional, juro! Fiquei passada (quase bege). O senhor ficou zangado comigo (e com razão). Na sessão seguinte não quis se sentar perto de mim (puxa, eu prometi que não faria de novo!). Depois o fisioterapeuta me contou que na semana anterior um rapaz havia feito a mesma coisa, mas com uma velhinha bem velhinha, que não reclamou, mas começou a tremer muito por conta dos choques. O rapaz poderia ter matado a senhorinha, se o fisioteraputa não tivesse chegado a tempo.
Aprendi a lição. Mas tive um acesso de riso depois, em casa, ao me lembrar do ocorrido. (Tenho acesso de riso quando fico nervosa).
Fazer fisioterapia já não é muito agradável, se pensarmos que estamos ali levados pela dor, e fica ainda mais difícil quando há um(a) maluco(a) ao nosso lado tentando nos eletrocutar. Affff! Mais um mico pra minha lista (que cresce a cada dia!).

3 comentários:

  1. Célia, quem já deveria ter aprendido a lição é a clínica de fisisoterapia que deixou a mesma situação perigosa se repetir pela segunda vez!

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  2. Eu também morri de rir, mas porque imaginei você com aquela cara de criança sapeca que só você sabe fazer, girando INOCENTEMENTE os botões do tal aparelho! rsrs

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  3. É, Denair, foi uma situação bizarra. Mas não culpo a clínica, pois os fisioterapeutas são bastante atenciosos e tentam monitorar os pacientes de perto. Porém, há muitos pacientes - alguns deles IMpacientes (como eu!). Talvez os fisioterapeutas tenham de arrancar os botões dos aparelhos daqui pra frente...

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