sexta-feira, 9 de abril de 2010

Xô, depressão

Comecei a tomar antidepressivos, mas não funcionavam. Cada vez que lia o jornal ou assistia aos noticiários me dava uma vontade enorme de chorar. Na verdade, chorava. E muito. Era uma desgraça atrás da outra. Ilha Grande, Haiti, Chile, México, São Paulo, Rio... Fora as notícias locais que também não eram animadoras e, pra culminar, o covarde assassinato da ética no Senado e na Câmara... Vejo a ética como Júlio César agonizando no chão e sussurrando: "Até tu, Lulas?", enquanto Calheiros e Sarneys riem, Dilmas e Collors se escondem atrás deles e vários membros da cúpula política se omitem de socorrê-la.
Contra os fenômenos naturais nada podemos fazer. Impossível deter um terremoto, um tsunami ou uma tempestade. Mas quanto aos fenômenos políticos, aaaaaah! nesses podemos intervir. E de diferentes maneiras. A principal delas é usando o poder do voto. Não votando em quem fez m... e abusou. Garanto que Brasília esvaziaria!
Enquanto as eleições não chegam, vou fazendo minha "boca de urna funerária". Uso o poder da palavra para plantar sementes de cidadania em quem me ouve. E assim vou fazendo meu trabalho de formiguinha.
Quanto à depressão, estou melhorando. Parei de ler jornais e assistir noticiários. Fico nos quadrinhos, nas charges e nos obituários. Dá uma certa inveja branca daqueles que partiram. A mesquinharia humana não os afetará mais. Para quem fica, sobra a saudade e a vontade de despachar certos políticos para o lado de lá. Hummmm... Acho que alguns deles não seriam aceitos nem por lá! Vá de retro...

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