sábado, 21 de maio de 2011

6 bilhões de outros

Para quem está em São Paulo e/ou vai com certa frequência à cidade, sugiro a video-exposição "6 bilhões de outros", no MASP (até 10 de julho). Para quem não mora em Sampa e não pode ir, sugiro acessar o site e conhecer o projeto. Vale a pena:
http://www.6milliardsdautres.org/
[Há opção de escolha de idiomas]
É um projeto que nos faz olhar para o outro (ou melhor, para 6 bilhões de habitantes do planeta Terra) e perceber que não somos nada diferentes quando se trata de sonhos e projetos. As histórias de vida das pessoas são diferentes, as etnias variam, as características físicas e psicológicas também, as línguas e crenças idem, mas quando se trata de sonhos, desejos, planos... o que vi e ouvi nos depoimentos direciona para algo muito simples: todo ser humano quer ser feliz (independentemente de onde vive, como vive, que língua fala, que crença professa...)
Ri, me emocionei, chorei, me indignei, me encantei e saí do MASP com a cara e a alma lavadas!
Não deixe de acessar / ver.
Segue o release:

Em 2003, depois de A Terra vista do Céu, Yann Arthus-Bertrand com Sybille d’Orgeval e Baptiste Rouget-Luchaire lançaram o projeto "6 Bilhões de Outros". Foram filmadas 5000 entrevistas em 75 países, por 6 diretores que foram buscar os Outros.
Desde um pescador brasileiro a um sapateiro chinês, de um artista alemão a um fazendeiro afegã, todos responderem às mesmas perguntas sobre seus medos, sonhos, problemas, esperanças:

O que você aprendeu dos seus pais?
O que você quer passar para seus filhos?
Por que circunstâncias difíceis você já passou?
O que o amor representa para você?
Quarenta e tantas perguntas que nos ajudam a encontrar o que nos separa, e o que nos une. Estes retratos da humanidade de hoje estão acessíveis no site www.6bilhoesdeoutros.org.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O retorno e a vida, enfim...

Eventos que me acompanharam quando de meu meu retorno ao Brasil: mais de 24h sem dormir, um princípio de incêndio em casa, um irmão internado por conta da intoxicação pela fumaça do princípio de incêndio (é uma história tragicômica, que contarei em outro post), um jet lag que durou alguns dias, internação da mãe no hospital para um tratamento pré-cirúrgico dois dias após minha chegada, um mau jeito "federal" nas costas quando fui levantar a mamãe da cama, a constatação de que minha mãe está definhando a cada dia e está se despedindo de nós...
Não tenho vontade de escrever, nem de falar...
Vocês podem até me questionar: "Mas você não acredita em vida após a morte? Não é espiritualista e crê que a vida não acaba?". Sim, acredito na  vida espiritual, mas acreditar nisso não me torna insensível ao sofrimento de um dos seres humanos que mais amo nessa vida e a constatação de que sou impotente para ajudá-la.
Sinto-me estranhamente vazia. Quando as palavras vêm à tona, são acompanhadas por lágrimas. Difícil conter a emoção quando sua mãe olha pra você e comenta: "Você é parecida com a Célia!" Você respira fundo e diz: "É porque eu sou a Célia, mãe". E ela apenas olha para você com a cara mais doce desse mundo e sorri...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

So long, farewell...

Depois de 3 meses de trabalho intenso, frio, calor, vento, chuva, corridas atrás de ônibus e caminhões, novos amigos, aulas de holandês, chás de bebês, nascimentos, passeios, emoções, alegrias, tristezas, sustos, zangas, etc., etc., etc., é chegada a hora de voltar ao Brasil.
Vou com a certeza de que o mundo é imenso e ao mesmo tempo pequeno, que por vezes é maior do que a gente supõe e também pode caber dentro da gente.
Reforcei tremendamente minha tese de que não importa do onde se é e em que cultura se vive, ou a que gênero, credo e classe social a pessoa pertença, o ser humano quer mesmo é ser feliz (o que varia é o que cada um acredita que é preciso para ser feliz)!
Não sou a mesma Célia que chegou. Impossível sair a mesma de tal experiência. Impossível não questionar o que se vê e ouve sobre a glamurosa vida "nas Oropa".
Essa terra, como todas as demais, tem o lado A e o lado B:
Há sonhos e há pesadelos.
Há cultura e há ignorância.
Há corrupção e há ética.
Há tolerância e há preconceito.
Há diversidade e há racismo.
Há coisas muito bacanas e há coisas terríveis.
Há gente muito boa e há gente que nem vale a pena saber que existe!
...

Posto aqui as últimas fotos que fiz na Europa, em Antuérpia, terra dos diamantes e também das rendas.
Obrigada por me acompanhar em mais essa aventura.
Um abração!


Catedral de Antuérpia

Detalhe da entrada da catedral


Esta rua é o point da moçada endinheirada e descolada.
Um café mais que charmoso numa ruelinha...

É preciso mostrar com desenhos que não se deve fazer xixi nos locais públicos. Isso também é Europa!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Já está chegando a hora de ir...

Última semana nos Países Baixos.
Conheci, neste país, pessoas de mundos tão diferentes do meu e que, ao mesmo tempo, parecem tão próximas! Pessoas cujos sonhos se irmanam com os meus: SER FELIZ!!!
Aprendi que na vida a gente precisa olhar para além da realidade da gente. Olhar para além da janela, para além do muro, para além das fronteiras...
Enquanto preparo minhas coisas para o retorno, Marta e eu tentamos finalizar mais um livro. Trabalho de doido...
Que experiência única! Que coisa mais maluca e incrível! Que loucura... loucura... loucura... e bênção!
Sentimentos se confundem: alegria por retornar e tristeza por partir. Deixo aqui uma parte de mim. Levo comigo uma parte deles. Pareço sonhar.
Creio que só acordarei daqui a algum tempo. Por ora, penso que continuo sonhando...