Quando eu era criança, queria ser uma sereia para viver no mar. Vivia na água, "pegando jacaré". Até que, numa manhã, abusei da confiança, entrei mais fundo e quase morri afogada. Aprendi a respeitar o mar, mas a vontade de viver lá ainda está em mim. Quem sabe um dia entro na água e viro espuma, como a "Pequena Sereia" de Andersen... [Pra quem não entendeu, na versão original, de Hans Christian Andersen, a Sereiazinha não fica com o príncipe e seu corpo vira espuma (ela morre). Em compensação, seu espírito alça voos muito altos e se une aos seres do ar. Vale a pena conhecer a verdadeira história, bastante diferente (e muito mais rica) do que o desenho animado mostra].
Célia Cris Silva
"Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços. Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo. Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho." (Rachel de Queiroz)
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
Videocontos 16
Mais um período de hiato. Mais um vídeo carregado de emoções e sentimentos.
Quando eu era criança, queria ser uma sereia para viver no mar. Vivia na água, "pegando jacaré". Até que, numa manhã, abusei da confiança, entrei mais fundo e quase morri afogada. Aprendi a respeitar o mar, mas a vontade de viver lá ainda está em mim. Quem sabe um dia entro na água e viro espuma, como a "Pequena Sereia" de Andersen... [Pra quem não entendeu, na versão original, de Hans Christian Andersen, a Sereiazinha não fica com o príncipe e seu corpo vira espuma (ela morre). Em compensação, seu espírito alça voos muito altos e se une aos seres do ar. Vale a pena conhecer a verdadeira história, bastante diferente (e muito mais rica) do que o desenho animado mostra].
Quando eu era criança, queria ser uma sereia para viver no mar. Vivia na água, "pegando jacaré". Até que, numa manhã, abusei da confiança, entrei mais fundo e quase morri afogada. Aprendi a respeitar o mar, mas a vontade de viver lá ainda está em mim. Quem sabe um dia entro na água e viro espuma, como a "Pequena Sereia" de Andersen... [Pra quem não entendeu, na versão original, de Hans Christian Andersen, a Sereiazinha não fica com o príncipe e seu corpo vira espuma (ela morre). Em compensação, seu espírito alça voos muito altos e se une aos seres do ar. Vale a pena conhecer a verdadeira história, bastante diferente (e muito mais rica) do que o desenho animado mostra].
Videocontos 15
Quando me dei conta, lá se iam meses sem publicar nada. Às vezes ficava na frente do computador sem a menor inspiração. Conhecia a técnica para escrever, mas faltava alma...
Foram muitos os contos descartados, apagadas, riscados.
Alguns talvez nunca cheguem a ser publicados. Tiveram seu papel de exercitar a mente e melhorar meu senso crítico.
Quando finalizo uma edição, deixo que "durma" um tempo, antes de postar. Assim, ao rever o que fiz, consigo avaliar melhor se vale a pena ser publicada.
Algo o que gosto muito de fazer de tempos em tempos é rever alguns videocontos. É incrível como alguns ainda exercem forte impacto sobre mim. Choro, sorrio, me emociono. Fico encantada e penso: "Caramba, fui eu que fiz!". É uma alegria. Sou muito grata pela inspiração recebida e pela oportunidade fazer esse projeto.
Espero que os leitores também sejam tocados pelo que esses vídeos trazem. Nesse, em especial, uma inspiração real: a do Instituto Cão Amigo, de que faço parte. Visitamos pessoas internadas em um hospital (entre outros lugares). A reação é incrível. Ver o quanto os animais amenizam a tristeza e a tensão do ambiente hospitalar é um presente!
Foram muitos os contos descartados, apagadas, riscados.
Alguns talvez nunca cheguem a ser publicados. Tiveram seu papel de exercitar a mente e melhorar meu senso crítico.
Quando finalizo uma edição, deixo que "durma" um tempo, antes de postar. Assim, ao rever o que fiz, consigo avaliar melhor se vale a pena ser publicada.
Algo o que gosto muito de fazer de tempos em tempos é rever alguns videocontos. É incrível como alguns ainda exercem forte impacto sobre mim. Choro, sorrio, me emociono. Fico encantada e penso: "Caramba, fui eu que fiz!". É uma alegria. Sou muito grata pela inspiração recebida e pela oportunidade fazer esse projeto.
Espero que os leitores também sejam tocados pelo que esses vídeos trazem. Nesse, em especial, uma inspiração real: a do Instituto Cão Amigo, de que faço parte. Visitamos pessoas internadas em um hospital (entre outros lugares). A reação é incrível. Ver o quanto os animais amenizam a tristeza e a tensão do ambiente hospitalar é um presente!
Videocontos 14
Mudanças à vista! Utilizei um novo formato neste videoconto: filmei o trajeto de volta para casa com a câmera colada no painel do carro, de forma filmar a rua e o céu. Na edição, tirei os barulhos, inseri uma trilha e não escrevi o texto. Apenas pincelei algumas palavras. É um conto mais longo e mais denso. A música ajuda a dar o clima. Gostei bastante do resultado. Saiu um pouco do padrão, mas tenho aprendido que padronizar demais também pode amarrar, por isso é bom cometer umas "ousadias multimidiáticas" de vez em quando. Tomara que vocês gostem.
Videocontos 13
Muitas das coisas que escrevo refletem experiências pessoais, estados de ânimo, fatos ouvidos ao longo da vida, causos que me contaram...
O conto da menina que vai dormir e acorda com o travesseiro encharcado foi real e vivido por mim, entre 4-5 anos de idade. Minha mãe teve um problema pulmonar e ficou internada numa clínica em Campos do Jordão. Eu não entendia por que ela não estava mais com a gente. Ia todas as noites ver se ela tinha voltado (quem sabe magicamente), para casa. Chorava dormindo e acordava com o travesseiro molhado. Um dia, me chamaram para falar com ela ao telefone e contei que meu travesseiro amanhecia molhado. Anos depois, minha mãe me contou que o travesseiro dela também amanhecia molhado.
O conto da menina que vai dormir e acorda com o travesseiro encharcado foi real e vivido por mim, entre 4-5 anos de idade. Minha mãe teve um problema pulmonar e ficou internada numa clínica em Campos do Jordão. Eu não entendia por que ela não estava mais com a gente. Ia todas as noites ver se ela tinha voltado (quem sabe magicamente), para casa. Chorava dormindo e acordava com o travesseiro molhado. Um dia, me chamaram para falar com ela ao telefone e contei que meu travesseiro amanhecia molhado. Anos depois, minha mãe me contou que o travesseiro dela também amanhecia molhado.
Turbulências, recomeços, mais videocontos
Fiquei um bom tempo sem publicar os videocontos aqui. Estava pensando em desativar o blog. Comecei a postar os videocontos no canal do Youtube e numa página do Facebook. Mas, relendo o blog, percebi que era aqui que eu publicava também a história de cada vídeo. Era aqui que eu conversava com os leitores. Vou corrigir esse erro. Vou postar os últimos videocontos e contar um pouco das coisas que envolveram cada produção.
Pra começar, gostaria de compartilhar com você que me lê que fiquei meses sem escrever, com bloqueio, depressão, crises de ansiedade e pânico.
Tudo passou e as produções voltaram. Mas eu mudei. E isso se refletiu na forma como escrevo. Veja lá se você concorda.
Pra começar, gostaria de compartilhar com você que me lê que fiquei meses sem escrever, com bloqueio, depressão, crises de ansiedade e pânico.
Tudo passou e as produções voltaram. Mas eu mudei. E isso se refletiu na forma como escrevo. Veja lá se você concorda.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Como executar uma tarefa "difícil"
Antes de mais nada, a definição de "difícil" pode variar demais. O que é um sofrimento para uns pode ser a alegria de outros.
Para mim, fazer exercícios é algo complicado.
Imaginem uma mulher sedentária, "cozida na preguiça" (como diz minha amiga Sueli), focada em atividades "cerebrais", que não vê sentido em fazer atividade física alguma que não seja dançar por puro prazer.
Corrigindo: não via sentido.
Depois de dois tombos em um intervalo de 6 meses, que resultaram em lesões na coluna, um dedo de pé quebrado e um ombro deslocado, esta sedentária (eu mesma!) teve de capitular e assumir que estava fora de prumo, acima do peso saudável, sem musculatura e cheia de dores. Muitas dores.
Fui para a academia de ginástica e fiz matrícula sem nem olhar o espaço. "Ou vai ou racha", pensei.
Como já estava rachada, trincada, quebrada, a primeira alternativa parecia mais amena e plausível.
Os primeiros minutos foram puro estranhamento. Nada ali era familiar.
Olhei tudo desconfiada, sem ânimo.
Fechei os olhos e imaginei um futuro sem tombos, e a perspectiva de acordar sem dor nas costas me fez até sorrir. Comecei a me animar. "Só por hoje", pensei.
Fiz as séries que o instrutor recomendou e, no final da sessão de malhação, fui colocada numa bicicleta ergométrica (ainda não consigo caminhar na esteira por conta da fratura no dedo).
Na minha frente, uma TV - sem som - ligada em um programa qualquer e um espelho gigantesco, no qual vi uma mulher abatida, triste e cansada. Nos alto-falantes, uma música estridente e irritante.
"30 minutos pedalando", sorriu o animado instrutor.
"Ai, que tortura!", foi meu primeiro pensamento. Mas pensar assim não ajuda nada... Para minha sorte, tenho uma imaginação fértil.
Fechei os olhos novamente, respirei fundo e, talvez embalada pelo vento de um ventilador no alto da parede, me vi pedalando em uma estrada, o vento batendo no rosto (eu sei que é clichê, mas foi assim mesmo!). Não sei onde estava. Uma fazenda? Uma floresta? Um recanto na Escócia? A paisagem ia mudando. Casas, pastos, vacas, cabras, ovelhas, dinossauros, montanhas. Tudo era possível. Um lago surgiu numa curva. Cisnes, patos, marrecos e sereias nadavam junto com o "monstro" do lago Ness, que acenou a barbatana para mim e piscou.
Pássaros revoavam num céu púrpura. Fadas faziam loopings ao meu redor. Uma bruxa passou num rasante em sua Nimbus 2000. Quase colidiu com um urubu!
Comecei a sorrir. Quase a rir. Não estava mais em uma academia de ginástica. Estava no meu mundo, um mundo louco e talvez "sem sentido" para muita gente, pedalando uma bicicleta invisível.
Pois é... O que faz sentido para uns pode não fazer sentido para outros.
Os 30 minutos acabaram muito depressa e voltei para a academia-realidade. Olhei para o espelho e vi uma mulher-menina com vontade de pedir uma bicicleta no aniversário. Uma cara cansada, sim, mas alegre.
Agora não vejo a hora de voltar lá para pedalar-voar em uma bicicleta feita de nuvens.
Depois vou pedalar uma bicicleta subaquática no rio Amazonas, enquanto vejo botos e pirarucus.
Depois vou pedalar em Marte.
E depois vou pra onde eu quiser e a imaginação me levar!
Para mim, fazer exercícios é algo complicado.
Imaginem uma mulher sedentária, "cozida na preguiça" (como diz minha amiga Sueli), focada em atividades "cerebrais", que não vê sentido em fazer atividade física alguma que não seja dançar por puro prazer.
Corrigindo: não via sentido.
Depois de dois tombos em um intervalo de 6 meses, que resultaram em lesões na coluna, um dedo de pé quebrado e um ombro deslocado, esta sedentária (eu mesma!) teve de capitular e assumir que estava fora de prumo, acima do peso saudável, sem musculatura e cheia de dores. Muitas dores.
Fui para a academia de ginástica e fiz matrícula sem nem olhar o espaço. "Ou vai ou racha", pensei.
Como já estava rachada, trincada, quebrada, a primeira alternativa parecia mais amena e plausível.
Os primeiros minutos foram puro estranhamento. Nada ali era familiar.
Olhei tudo desconfiada, sem ânimo.
Fechei os olhos e imaginei um futuro sem tombos, e a perspectiva de acordar sem dor nas costas me fez até sorrir. Comecei a me animar. "Só por hoje", pensei.
Fiz as séries que o instrutor recomendou e, no final da sessão de malhação, fui colocada numa bicicleta ergométrica (ainda não consigo caminhar na esteira por conta da fratura no dedo).
Na minha frente, uma TV - sem som - ligada em um programa qualquer e um espelho gigantesco, no qual vi uma mulher abatida, triste e cansada. Nos alto-falantes, uma música estridente e irritante.
"30 minutos pedalando", sorriu o animado instrutor.
"Ai, que tortura!", foi meu primeiro pensamento. Mas pensar assim não ajuda nada... Para minha sorte, tenho uma imaginação fértil.
Fechei os olhos novamente, respirei fundo e, talvez embalada pelo vento de um ventilador no alto da parede, me vi pedalando em uma estrada, o vento batendo no rosto (eu sei que é clichê, mas foi assim mesmo!). Não sei onde estava. Uma fazenda? Uma floresta? Um recanto na Escócia? A paisagem ia mudando. Casas, pastos, vacas, cabras, ovelhas, dinossauros, montanhas. Tudo era possível. Um lago surgiu numa curva. Cisnes, patos, marrecos e sereias nadavam junto com o "monstro" do lago Ness, que acenou a barbatana para mim e piscou.
Pássaros revoavam num céu púrpura. Fadas faziam loopings ao meu redor. Uma bruxa passou num rasante em sua Nimbus 2000. Quase colidiu com um urubu!
Comecei a sorrir. Quase a rir. Não estava mais em uma academia de ginástica. Estava no meu mundo, um mundo louco e talvez "sem sentido" para muita gente, pedalando uma bicicleta invisível.
Pois é... O que faz sentido para uns pode não fazer sentido para outros.
Os 30 minutos acabaram muito depressa e voltei para a academia-realidade. Olhei para o espelho e vi uma mulher-menina com vontade de pedir uma bicicleta no aniversário. Uma cara cansada, sim, mas alegre.
Agora não vejo a hora de voltar lá para pedalar-voar em uma bicicleta feita de nuvens.
Depois vou pedalar uma bicicleta subaquática no rio Amazonas, enquanto vejo botos e pirarucus.
Depois vou pedalar em Marte.
E depois vou pra onde eu quiser e a imaginação me levar!
Imagem adaptada do Clip-Art |
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Natal Animado 2012
Acompanhe os vídeos do projeto palavrAnimada no blog:
http://projetopalavranimada.blogspot.com.br/
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