segunda-feira, 28 de junho de 2010

Um conto...

Já me perguntaram por que não publico meus contos no blog. Simples: porque quando você publica algo virtualmente sempre tem alguém que copia e cola, envia pra um monte de gente mas nunca põe o devido crédito. Então, um belo dia você recebe o seu próprio texto, por e-mail, atribuído a um anônimo ou pior, com crédito para outra pessoa. Como fui ghost writer  e cansei de ser invisível, achei que deveria me poupar desse aborrecimento.
Porém, quero divulgar meus textos. Vou abrir algumas exceções e postar, vez por outra, produções de minha lavra.
Este conto escrevi para uma ex-aluna da PUC PR que me pediu que contasse uma história de amor na cerimônia de seu casamento. Achei muitas histórias de amor lindas, mas nenhuma era a dela. Como sou muito curiosa, quando conheço um casal apaixonado vou logo perguntando: "Como é que vocês se conheceram?". Pois é... E não é que o conto saiu depois de um bate-papo delicioso com os noivos numa cachaçaria!?!
Boa leitura!

NOS OLHOS DELA
Célia Cris Silva

Ele acordou bem cedo, tomou banho, foi à padaria tomar café e se encaminhou para o trabalho.
Ela acordou bem cedo, tomou banho, lavou o cabelo, foi à padaria tomar café e se encaminhou para o trabalho.
Na hora do almoço, ele foi sozinho à lanchonete da esquina e engoliu um sanduíche apressado. Não gostava de comer sozinho.
Ela foi almoçar no restaurante da esquina com uma amiga, ouvindo as reclamações conjugais da colega. Enquanto digeria a salada, pensava no quanto desejava ter alguém para amar. A amiga, literalmente, reclamava de barriga cheia.
À noite, no silêncio da sala, ele pegou uma taça de vinho, sentou-se na frente da janela e desejou ter alguém para compartilhar a vida.
À noite, no silêncio do quarto, ela abraçou o travesseiro, ligou a TV e desejou ter um amor para aquecer sua vida.
Dia após dia. Noite após noite. Eles sonhavam o mesmo sonho: buscavam alguém com quem pudessem compartilhar a vida.
O tempo passou. Cafés e almoços se sucediam. Os sonhos e a busca continuavam.
Uma noite, ele foi a uma festa, levado pelo irmão. Não tinha nada mais interessante a fazer.
Uma noite, ela foi a uma festa, arrastada por uma amiga muito insistente.
Ele foi buscar uma bebida.
Ela foi buscar uma bebida e um salgadinho.
Ele esbarrou nela.
Seus olhos se cruzaram. E nesse instante o tempo parou.
Ele viu, nos olhos dela, a promessa de toda uma vida.
Ela viu, na expressão dele, a promessa de um amor verdadeiro.
Sua busca havia acabado.

domingo, 27 de junho de 2010

Dançar e respirar

Fui assistir a uma apresentação de meu grupo de dança tribal urbana, o Damballah. Estou afastada há mais de um ano dos palcos por conta de dolorosíssimas lesões triplas nos dois joelhos (consequência da obesidade mórbida no passado e do esforço com a dança, principalmente a indiana).
Eu ainda me emociono ao ver as colegas dançando as coreografias que costumávamos dançar juntas no palco. Também me emociono com as músicas (diferentes, contagiantes, étnicas, sem fronteiras).
A mestra Beth Damballah me deu um cartão do grupo. Há uma foto nele. Eu estou nessa imagem. Perdi o ar quando vi cinco mulheres flutuando no palco do Ópera de Arame, sorrindo. Lembrei do exato instante daquela foto, quando o fotógrafo capturou nossas almas, dois anos atrás. Creio que foi uma das noites mais felizes de minha vida. Noite Mágica. Nem preciso dizer que meus olhos vazaram. Na verdade, minha alma vazou pelos olhos.
Impossível traduzir em palavras o que senti hoje. Mas não me sinto vítima, não. Tudo isso é consequência de meus atos passados e impensados.
Na verdade, sou uma felizarda pois tenho pernas e ando. Tratei mal o meu corpo (principalmente os joelhos). Vou ajudar a natureza da forma que puder. Mais um ano de fisioterapia, talvez colocação de próteses, dieta, o que for preciso.
Preciso dançar novamente pois sinto que a dança me completa. Dançar é como respirar: me enche de algo de que preciso e me renova.  Torçam por mim.

Serviço de Utilidade Pública

Oi, pessoal. Criei este blog para publicar coisas: minha jornada pela vida, pensamentos, aventuras, textos de pessoas que traduzem o que penso e, principalmente, que contribuam para que o mundo seja um lugar melhor para todos. Então,  abro espaço, com o maior prazer, para comunicações importantes.
Recebi um release de minha prima Mônica e o divulgo aqui.
Lá vai:

Correios recebem donativos para vítimas de enchentes em Alagoas



Os Correios vão receber donativos a partir de hoje, 25/6, em todo o Brasil, para os desabrigados pelas enchentes no Estado de Alagoas. Poderão ser doados alimentos não perecíveis, vestuário, roupas de cama, mesa e banho, calçados, tendas e barracas.
Os produtos deverão ser embalados pelo doador, em pacotes que não excedam 30 quilos, e entregues nas agências dos Correios. A postagem dos donativos será gratuita. Devem-se evitar embalagens frágeis, que possam se romper durante o manuseio e transporte.
Doações de remédios só poderão ser feitas por fabricantes ou redes farmacêuticas que se responsabilizem pelo cumprimento das normas legais e sanitárias aplicáveis a esses produtos (como prazo de validade, por exemplo). Os Correios não aceitarão doações em dinheiro.
No ato da postagem, a encomenda deve ser endereçada à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Alagoas, Rua Lavenere Machado, nº 80 – Trapiche da Barra – Maceió/AL – CEP: 57010-383, não sendo permitido o envio a pessoas físicas, órgãos ou entidades. As encomendas-donativos que não atenderem às condições preestabelecidas não poderão ser recebidas pelos Correios.
As ações de ajuda a desabrigados são desencadeadas pelos Correios sempre que solicitadas pelos governos estaduais, em casos de calamidade pública.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Falando de Solidão

Há certos textos que leio que me fazem perguntar: "Por que não escrevi algo assim?" Recebi este texto de minha amadíssima prima Tânia. Adoraria tê-lo escrito. Há tanta coisa nele com a qual me identifico, que realmente parece ter saído de minha cabeça (inclusive a parte de dar beijos vazios - pra fugir da solidão - e acordar vazia em um leito árido...). Se um dia eu tiver a chance de me encontrar com a Hilda, vou perguntar a ela se já não conversamos em algum boteco, afogando as mágoas e trocando confidências!!!
[Inveja branca da boa...]
Boa leitura!

SOLIDÃO É FUNDAMENTAL

Texto de Hilda Lucas

Que me desculpem os desesperados, mas solidão é fundamental para viver.
Sem ela não me ouço, não ouso, não me fortaleço.
Sem ela me diluo, me disperso, me espelho nos outros, me esqueço.
Não penso solto, não mato dragões, não acalanto a criança apavorada em mim, não aquieto meus pavores, meu medo de ser só.
Sem ela sairei por aí, com olhos inquietos, caçando afeto, aceitando migalhas, confundindo estar cercada por pessoas, com ter amigos.
Sem ela me manterei aturdida, ocupada, agendada só para driblar o tempo e não ter que me fazer companhia.
Sem ela trairei meus desejos, rirei sem achar graça, endossarei ideias tolas só para não ter que me recolher e ouvir meus lamentos, meus sonhos adiados, meus dentes rangendo.
Sem ela, e não por causa dela, trocarei beijos tristes e acordarei vazia em leitos áridos.
Sem ela sairei de casa todos os dias e me afastarei de mim, me desconhecerei, me perderei.
Solidão é o lugar onde encontro a mim mesma, de onde observo um jardim secreto e por onde acesso o templo em mim.
Medo? Sim. Até entender que o monstro mora lá fora e o herói mora aqui dentro.
Encarar a solidão é coisa do herói em nós, transformá-la em quietude é coisa do sábio que podemos ser.
Num mundo superlotado, onde tudo é efêmero, voraz e veloz a solidão pode ser oásis e não deserto.
Num mundo tão estressado, imediatista, insatisfeito a solidão pode ser resgate e não desacerto.
Num mundo tão leviano, vulgar, que julga pelas aparências e endeusa espertalhões, turbinados, bossais, a solidão pode ser proteção e não contágio.
Num mundo obcecado por juventude, sucesso, consumo a solidão pode ser liberdade e não fracasso.
Solidão é exercício, visitação.
É pausa, contemplação, observação.
É inspiração, conhecimento.
É pouso e também vão.
É quando a gente inventa um tempo e um lugar para cuidar da alma, da memória, dos sonhos; quando a gente se retira da multidão e se faz companhia.
Preciso estar em mim para estar com outros.
Ninguém quer ser solitário, solto, desgarrado.
Desde que o homem é homem, ou ainda macaco, buscamos não ficar sozinhos.
Agrupamo-nos, protegemo-nos, evoluímos porque éramos um bando, uma comunidade.
Somos sociáveis, gregários.
Queremos amigos, amores.
Queremos laços, trocas, contato.
Queremos encontros, comunhão, companhia.
Queremos abraços, toques, afeto.
Mas, ainda assim, ouso dizer: é preciso aprender a estar só para se gostar e ser feliz.
O desafio é poder recolher-se para sair expandido.
É fazer luz na alma para conhecer os seus contornos, clarear o caminho e esquecer o medo da própria sombra.
Ouse a solidão e fique em ótima companhia.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O prazer de comer

Assisti ao filme Julie & Júlia. Uma graça! Digestivo! Ver aqueles pratos sendo feitos com toneladas de manteiga e creme me encheu os olhos (e a boca... de água!)
Como sou de digerir tudo o que vejo, assisto e leio, fiquei matutando sobre muitas coisas.
Comer é um dos principais prazeres humanos (e está intimamente ligado à sobrevivência da espécie). Fazer as refeições com pessoas de quem se gosta tornam esse ato ainda mais prazeroso. Comer pratos elaborados com cuidado e bons ingredientes, então, nem se fala!
Por que, raios, há um efeito colateral tão perverso atrelado a comer determinadas coisas? Estou espantada com a quantidade de amigos e amigas que desenvolveram intolerância a lactose, glúten, glicose... Pessoas que não tinham problema algum agora estão tendo de fazer dietas rigorosas. Desde crianças até idosos.
O que está acontecendo? Alguém sabe explicar?
Seria o estresse? O sedentarismo? Os conservantes, acidulantes e outros compostos que são colocados nos alimentos processados?
Seríamos nós, humanos, que estamos mudando nosso metabolismo por conta de insurreições contra a natureza?
O fato é: o prazer de comer está ficando comprometido. Comemos com culpa, o tempo todo: não coma manteiga e ovos por conta do colesterol. Não coma açúcar porque engorda (e provoca dumping nos gastroplastados), não coma fritura, nem carboidratos simples ricos em glúten, pois fazem mal, não coma embutidos, evite laticínios, não beba, diminua o sal...
O que nos resta? Salada? Sim... Mas cuidado com os pesticidas. Coma somente alimentos orgânicos!
Meu antigo lema: "Preserve o verde... Não coma salada", foi por água abaixo.
Comentei com um amigo que o jeito seria nos alimentarmos de luz, e mandei a ele o link do site de um grupo de pessoas que dizem se alimentar apenas de luz.
Ele me respondeu: "Acessei o site. Está inativo desde 2001. Minha conclusão é que morreram todos de fome!"
Pois é...
Ai... agora me bateu uma fome danada. Como sei que "o que não mata engorda", vou me atracar com o primeiro prato gostoso e calórico que piscar para mim. Já que continuo comendo o que não devo e estou viva, adivinhem só o que está acontecendo?

domingo, 13 de junho de 2010

Comitê para a paz

Minha professora de yoga faz parte de um grupo de líderes espirituais que são um exemplo a ser seguido. Organizaram-se em um comitê pela paz, com estatuto e registro. Semanalmente se reunem nos "locais de oração" da cada um deles para conhecer, aprender e compreender as crenças dos colegas e também tomar parte das práticas deles exercitando, assim, a tolerância. Fazem parte desse comitê: evangélicos, espíritas, padres, rabinos, hinduístas, budistas e iogues.
Fiquei mais que feliz ao saber da iniciativa desse grupo. Há muitos se organizando pelo Brasil. É o tipo de atitude que deveria ser bastante difundida e incentivada. Torço muito para  que eles consigam cada vez mais adeptos (eu já me candidatei). Neste mês em que a mídia só fala de copa do mundo, alardeando que é um símbolo de união entre nações (uma grande farsa, pois a copa é uma mega, cara e acirrada competição entre nações!), é um alento saber que há pessoas REALMENTE fazendo algo para se confraternizar com seus semelhantes. E o melhor: se esforçando para lidar com as diferenças! Amém, Namastê, Shalom, Paz!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sábia Madre Teresa...

Descobri há tempos que pagamos um alto preço por ter opinião e brilho próprios, que há "amigos" que se aproximam de nós por interesse, que a inveja é uma m...
Tive vontade de me isolar e abdicar do convívio com o lado podre da humanidade.
Então recebi uma mensagem de Madre Teresa de Calcutá. Enfiei minha viola no saco e mudei de ideia e de estratégia!
Pra vocês, (e especialmente para você, minha hermana Mercedes) as palavras da "santa das sarjetas".

"Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, Ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro.
Seja gentil assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.
Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto assim mesmo.
O que levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.
Se você tem PAZ, é feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isto pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor assim mesmo.
Veja você que, no final das contas, é entre você e Deus, nunca entre você e as outras pessoas."

[Agradeço a Deus por ter enviado alguém como ela para o planeta Terra...]

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Frio em Curitiba

Parece que um grupo de pinguins se perdeu no litoral paranaense e foi recolhido ao zoológico, temporariamente. Parte deles não suportou o frio e fugiu para o Rio de Janeiro. Os que ficaram inspiraram uma campanha: "Tricote casaquinhos de lã para os pinguins de Curitiba. Eles estão morrendo de frio!"
Brincadeiras a parte, o frio está mesmo de rachar... os lábios da gente, a pele do corpo e das extremidades.
Quem não tem cobertor elétrico nem lençol térmico se vira com o "sanduba de cobertores" (cama, cobertor, você como recheio, outro cobertor, edredon), com bolsa de água quente ou ainda com o "Ricardão" (aquecedor). Não há calor humano que aguente. E quem mais sofre são os desabrigados, idosos e crianças. Falando nisso, há grupos de pessoas (em Curitiba e em outros lugares) que tricotam gorros e cachecóis para esse pessoal.  Quem não sabe tricotar pode ajudar doando cobertores e agasalhos. Os supermercados têm caixas coletoras. Vamos ajudar a  tornar o frio do inverno menos intenso pra quem não tem nada, ou quase nada?

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A maldição do Dia dos Namorados...

Não há data que entristeça mais uma pessoa sozinha e carente, seja solteira, divorciada, viúva, abandonada, traída, etc., etc... do que o Dia dos Namorados.
Criado para dar um "up" nas vendas e ajudar o comércio num período de entressafra (entre o Dia das Mães e o Dia dos Pais), esse dia não faz sentido para quem está só. E, vamos ser honestos(as), não faz o menor sentido também para quem tem um cobertor de orelha MAS se sente pressionado e obrigado a comprar presente, levar pra jantar, dançar, ir a motel, enfim, viver um momento "casal perfeito" e se tornar o par romântico ideal por um dia ou uma noite.
OK, sei que há casais que curtem muito a data, mas certamente devem curtir os demais dias do mês [e do ano] juntos. Num relacionamento equilibrado e saudável não é preciso esperar um dia no ano para demonstrar o que sentem.
O Valentine's Day americano (14 de fevereiro) tem um aspecto mais democrático: as pessoas enviam cartões e bombons para quem eles gostam, seja pai, mãe, irmão, irmã, avô, avó, amigo, amiga, namorado, namorada, professor, professora... Ufa! Ou seja, Ter um Valentine é ter alguém com quem você se importa e não necessariamente alguém com quem você se relaciona sexualmente. Isso não acontece por aqui. Uma pena, realmente. O comércio faturaria muito mais se ajudasse a ampliar o conceito, não é mesmo?
Quantas vezes presenciei amigas entrando na maior furada só pra não ficar sozinhas nesse dia! E perdi a conta de quanta gente "mal namorada, mal noivada e mal casada", mal amada e infeliz  prefere viver uma mentira a encarar a solidão. É... não é nada fácil, principalmente quando seus hormônios andam fervendo no sangue.
Já ouvi gente dizer: "Quero dormir no dia 11 de junho e só acordar no dia 13. Pois eu tenho uma sugestão melhor: reúna um grupo de amigos e amigas solteiros e vá dançar no dia 12 de junho. Entorte os joelhos de tanto pular, mas saia da fossa! Ou junte uma galera na casa de alguém, faça um churrasco, um fondue, uma sopa, uma feijoada, um bufê de sorvetes, uma galinhada, uma peixada, uma dobradinha... o que der e puder! Ou, ainda, faça uma maratona de filmes -- de ação, de suspense, de comédia, de terror, de animação... e, se for um pouco masoquista, por que não? ROMANCES bem açucarados, pra suspirar bastante. O bom é que você não vai sofrer sozinho(a).
Sei exatamente como os solitários se sentem e, olhando para trás, não sinto saudade dos dias dos namorados que passei infeliz, mesmo tendo um parceiro (que achava a maior besteira comemorar a data). Descobri que sou a melhor companhia para mim mesma e que nunca mais darei a ninguém o poder de tornar a minha vida um inferno. Nesse caso, as palavras da minha avó são certeiras e verdadeiras: "Antes só que mal acompanhada!"

No próximo dia 12 não ficarei só. Vou dançar com minhas Valentinas e meus Valentinos... Você está convidado(a):
WON'T YOU BE MY VALENTINE?
Quer ser meu Valentino? / Quer ser minha Valentina?

De Rachel de Queiroz para quem quiser...

Creio que nunca encontrei uma frase que me resumisse tão bem!
Devo à mestra Rachel de Queiroz essa pérola:

"Eu nunca fui uma moça bem-comportada.

Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços.

Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo. Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho."

terça-feira, 1 de junho de 2010

Fotos do mundo de Namor

Namor, meu mano sereio, me mandou uma centena de fotos, tiradas com a nova câmera subaquática. Uma foto mais linda que a outra. Ficou difícil selecionar as melhores. Creio que terei de abrir um fotolog exclusivo.
Bem, sem mais delongas, algumas imagens do unverso encantado submarino do Big. (Dá pra entender tanta paixão por mergulhar, não?)
Big me passou os nomes corretos dos seres fotografados mas quem disse que eu lembro? Então, escreverei a minha versão. De cima para baixo e da esquerda para a direita: Coral-elefante, Tartaruga solitária, Coral (de cantores - repare que estão de boca aberta), Água-viva enorme, Tartaruga nadadora-voadora (seria a mesma?), "Gelatina bioluminescente", Procurando "Namor", Peixes-modelo (repare que eles olham para o fotógrafo!!!).

Pergunta ao tempo


Cá estou eu ouvindo "Resposta ao tempo", com a maravilhosa Nana Caymmi. (Amo essa música e a voz dessa cantora). Fico pensando com os meus botões: "Passaram-se - já - 6 meses de 2010. Este ano parece estar voando mais rápido que os anos anteriores". Parece que o tempo está realmente acelerado. Um físico me explicou (quer dizer, tentou me explicar) que o dia não tem 24 horas, mas cerca de 18 horas. Que a ação humana alterou o equilíbrio natural das coisas... Compreendo que o conceito de tempo, criado pelo ser humano, não se impõe à natureza. A Física quântica explica esse encurtamento... Mas não faz o tempo "andar" mais devagar. E fica em nós a sensação de que temos menos tempo para fazer o que é preciso. Inspirada por Nana, faço uma pergunta ao tempo: "Por que tanta pressa, meu rapaz? O que você quer provar fazendo a gente envelhecer mais rápido?" E Nana, com sua voz rouca, me responde: "No fundo (o tempo) é uma eterna criança, que não soube amadurecer, eu posso e ele não vai poder me esquecer..."