terça-feira, 13 de julho de 2010

Família, família...

O IBGE diz que família são as pessoas que vivem sob o mesmo teto (mesmo que não sejam parentes consanguíneas). Aprendi que família é quem cuida da gente, morando junto ou não.
O fato é que o conceito de família pode ter diferentes definições dependendo da cultura e das crenças de cada um. É adequado respeitar todas elas (mesmo não concordando).
Família pode ser grande ou pequena, mononuclear ou não. Tradicional ou disfuncional (creio que todas têm um pezinho na disfuncionalidade). Pode ser ampliada ou reduzida, de acordo com as circunstâncias.
Quando eu era pequena e a família se reunia para um evento, parecia gigantesca. Com o passar dos anos, alguns foram para longe, outros sumiram, outros fizeram "a" viagem... Os que casaram, agregaram cônjuges, filhos. Alguns se divorciaram, casaram novamente, tiveram outros filhos. Mas algumas perdas marcam, como tios, tias, padrinhos, tios "adotivos"...
No aniversário de 81 anos de minha mãe, foi possível reunir alguns membros da família. Nem sombra do que era, dada a distância dos parentes e um triste distanciamento entre alguns integrantes (mesmo morando perto).
O ponto alto do dia foi quando chegou um casal, com cara de "Acho que erramos de festa". A esposa, segurando uma bebê no colo, comentou: "Será que é a festa certa?". Eu, querendo ser simpática, perguntei: "Vocês vieram para a festa da Dona Regina?". Diante da resposta afirmativa, sorri e disse: "Muito prazer, sou a filha dela, Célia". O homem respondeu: "Muito prazer, sou seu primo Carlos".
Eu não havia reconhecido o primo com quem brincava na infância e não via há uns 30 anos!!! Todo mundo caiu na gargalhada. Fiquei muito sem graça, e depois que reparei bem nele reconheci o primo-garoto de antes. Ele comentou: "Não tem jeito, prima, a gente se distanciou mesmo". É verdade, mas devo reconhecer que quem se afastou mais fui eu. Morando longe, deixei a distância ganhar força. Percebi que não me mantive conectada ao grupo, ao contrário de meu irmão e minha irmã. Tudo bem que a distância dificulta, mas não impede um contato. Mesmo quando não há intimidade, pode haver um "fazer-se presente".
Assim é a vida. A gente vai e vem, se afasta e se reencontra. E como é bom reencontrar pessoas de quem a gente gosta (ou costumava gostar).
Sei que vou continuar avoada, desligada e viajante, ainda quero ir pra longe,conhecer terras distantes. Mas agora vou carregar a família comigo, em fotos, porque descobri que meu gravador de alma está com pouquíssima memória!

2 comentários:

  1. oi celia aqui e a loretta do elias shammass eu adorei o livro os olhos de tonhinho hoje estou na casa da minha prima vitoria que eu estou escrevendo o livro beijos adoro seus livros.

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  2. Oi, Loretta. Obrigada, minha linda! Desculpe não responder antes, mas só vi seu comentário hoje. Um beijo enorme!

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