quarta-feira, 26 de maio de 2010

O ministério da saúde adverte: falta de memória pode causar perda de amizades!!!

Ontem (25 de maio), recebi um telefonema de minha querida e amada amiga Denise G. enquanto dirigia. Não pude atender na hora e liguei depois. Pedi desculpas por não ter atendido. Ela respondeu: "Eu te perdoo por não ter atendido o telefone antes, mas não te perdoo por ter esquecido do meu aniversário no domingo!"
Senti um frio na espinha. Domingo? Mas não era amanhã? Ela me cortou - fingindo estar muito brava: "Não adianta vir com essa conversa. Foi domingo e você esqueceu!" [o pior é que eu achava mesmo que era no dia 26!].
Fiquei tão sem graça que tive vontade de sumir. Houve um tempo em que eu não precisava de agenda para nada. Tinha uma memória prodigiosa. Lembrava dos aniversários de todas as pessoas queridas. Hoje nem vaga lembrança. Cheguei em casa e me lembrei de que era o aniversário de outra amiga, Ana C. Telefonei e a cumprimetei. Ela riu e disse: "É amanhã, Celinha!" (Eu sabia que alguém fazia aniversário no dia 26, viu?).
Este ano, em março, deixei passar o aniversário de 16 anos da minha sobrinha, que mora em Santos. Fiquei arrasada. Mandei uma mensagem via Orkut pedindo perdão. Ela, um doce de garota, disse pra eu não esquentar. Mas eu esquento, sim. A pessoa esquecida se sente menos querida. Pode até pensar que não tem importância na vida da gente. Não é verdade. Eu posso esquecer as datas, mas não esqueço as pessoas. Não esqueço nunca o sorriso meigo da minha sobrinha, seus olhos azuis de boneca quando fita a gente, muito séria, e o ar de menina que ela está perdendo, agora que está virando mulher.
Também não esqueço do sorriso (agora metálico de aparelho) da minha amiga Denise G., sua risada gostosa, sua imitação do sotaque "de catarina", quando conta algum causo, e dos tapas que ela me dava quando via um fusca azul. (Uma brincadeira que ela adora. Toda vez que vê um fusca azul dá um tapa em quem estiver do lado e grita: "Fusca Azuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuul!")
Já fiquei com marcas arroxeadas no braço, numa viagem que fizemos de SP a São Carlos. Para minha desgraça, todos os fuscas azuis do mundo pareciam ter o mesmo destino que nós.
Lembro também do dia em que fomos rezar juntas num santuário, pedindo por um amigo que precisava de ajuda. E a ajuda veio.
Dê, posso ter esquecido do dia do seu aniversário, mas NUNCA, JAMAIS enquanto eu viver vou esquecer você. Beijo no coração. Espero que me perdoes.

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