sexta-feira, 8 de abril de 2011

Bullying e massacre, de novo!

Chocada e muito triste ao ver e ouvir as notícias que ecoam pelo mundo - sobre o massacre de jovens em uma escola carioca - comentei com Marta: "Esse rapaz deve ter sido vítima de bullying".
Lendo mais a respeito do ocorrido, tive a confirmação. Ex-colegas do atirador admitiram que ele foi humilhado e "muito zoado" e alguns até se sentem culpados.
OK. Vamos com calma. Ser vítima de bullying não é razão - muito menos desculpa  - para alguém se tornar assassino(a). Eu mesma fui vítima de bullying e nunca matei ninguém (mesmo tendo sentido vontade de esganar muita gente que me humilhava). Porém, é sabido que o bullying causa danos terríveis em quem o sofre e, numa mente perturbada como a desse rapaz, é um gatilho que deflagra toda sorte de desequilíbrios e  pode causar estragos irreversíveis (como realmente causou).
Faço um questionamento: Por que razão ele foi àquela escola? Por que atirou naqueles alunos? Aqueles jovens não o conheciam nem haviam feito nada contra ele. Por que, então, matá-los? Será que o que ele queria matar era o que aquela escola e aqueles jovens  SIMBOLIZAVAM? Matar uma lembrança ou algo que lhe causava dor?
Não defendo o atirador. Não defendo nenhum tipo de violência. Defendo, sim, uma sociedade justa e igualitária, em que todos têm o direito de ser o que são e como são, de viver com dignidade, sem ser vítimas de gracejos, agressões verbais, morais e de nenhum outro tipo.
Lamento profundamente pelos jovens que se foram de maneira tão violenta, por seus familiares e por seus amigos.
E lamento também por todos aqueles que foram e são vítimas de bullying (torço para que não se tornem criminosos).
Hoje, enquanto fazia compras no supermercado, um senhor me ouviu falando português e perguntou de onde eu era. "Do Brasil", respondi. Ele comentou: "As coisas em seu país estão muito feias, não? Aquele tiroteio..." . Expliquei que o tiroteio era um caso isolado, e que o Brasil continuava sendo um país maravilhoso, que aquele ocorrido era uma fatalidade mas não refletia a realidade do Brasil. [Eu sempre defendo o meu país, pois já chega de tanta gente querendo diminuir e menosprezar a nação brasileira.] Porém, voltei para casa sentindo um aperto enorme no peito. Algo me dizia que eu estou enganada e que, se não conseguirmos erradicar definitivamente o bullying da realidade brasileira e mundial continuaremos tendo, infelizmente, notícias muito ruins...
Começo aqui uma campanha: Vamos dizer Não ao bullying. Vamos educar nossas crianças e jovens para a diversidade, para a tolerância e para o respeito às diferenças.

Um comentário:

  1. Estamos todos chocados,eu chorei várias vezes,sempre q me lembro das mães,do pavor q aquelas crianças passaram...

    Eu converso muito com meus filhos sobre bullying,educo pra q eles nunca em hipótese alguma cometam isso,pois a dor de quem é zoado é muito grande,mesmo q a pessoa não cometa uma loucura,eu tenho certeza absoluta que muitas pessoas carregam traumas,dores e difuculdades pelo resto da vida.E meus filhos são crianças que sofrem bullying na escola.
    Pode ver que não lembramos de uma aula ou matéria,mas provavelmente lembramos de alguma situação embaraçosa ou de vergonha que passamos.

    ResponderExcluir