sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O primeiro susto e a ajuda de alguns "anjos"

Fui sacar dinheiro no caixa automático, com meu cartão VTM. Terminada a operação, a máquina me agradeceu e disse para eu pegar o dinheiro... mas... cadê o dinheiro? Nem sinal. Apertei alguns botões, olhei embaixo, em cima, nada! Puxei o saldo. O dinheiro já havia sido descontado. Tentei nova operação, dessa vez sem descontar nenhum centavo, só para me certificar de que a máquina não liberaria o dinheiro para o próximo cliente. NADA! Comecei a tremer. E agora? Como sou uma pessoa "ungida", estava atrás de mim uma senhora que me disse: "Entre imediatamente no banco e conte a eles o que houve." Lá fui eu. A caixa, muito profissional, deu aquele "Sorry" costumeiro e disse que não podia fazer nada. Eu deveria contatar meu banco. Expliquei que o cartão VTM não pertence a um banco, mas sim a uma operadora de câmbio. Ela disse, novamente, que não podia fazer nada. Gente, me bateu um desespero tamanho que não deu pra segurar. Comecei a chorar na frente da espantada inglesa. Eu tremia tanto que ela saiu de trás do balcão e foi comigo até uma salinha. Pegou meu cartão e ligou para um dos números de emergência, em Portugal. Consegui falar com um atendente (Luis Costa, que anjo!) e fui orientada sobre o que fazer. "Vou lhe mandar um formulário por e-mail e a senhora deverá imprimir, preencher, assinar e me devolver por fax ou por e-mail, escaneado. Acalme-se pois seu dinheiro será estornado".
Passado o susto, veio a constatação de algumas coisas boas. Eu estava o tempo todo acompanhada por um dos estudantes da escola, que mora na mesma Homestay que eu, Tadaiuki. Ele não fala quase nada em inglês, mas me deu apoio o tempo todo, com aquela reverência e seriedade que só os japoneses têm. Na saída do banco, encontrei um colega de classe, Zoltan (o deus húngaro). Contei o que havia acontecido e ele imediatamente me perguntou: "Você precisa de dinheiro? Se precisar, eu tenho algum e posso te emprestar. Estou indo embora amanhã e não vou usar". Além de lindo, tão gentil e educado. Pena que está de partida. Minha vontade era dizer: "Não quero dinheiro, Zoli, só quero você por algumas horas!". Em casa, contei o ocorrido ao Host Father e pedi licença para usar o computador, a impressora e o fax. Ele imediatamente perguntou: "Precisa de algum dinheiro emprestado?" e me ajudou a imprimir, escanear e enviar o formulário. Pronto! Fui tomar um copo de água e encontrei Tadaiuki na cozinha. Ele olhou para mim e, como não conseguia achar as palavras em inglês, deu um sorriso, fez uma breve reverência, respirou fundo e me deu um tapinha no ombro. Esse gesto disse tudo. A solidariedade, realmente, não tem fronteiras.

4 comentários:

  1. Oi Célia tudo bem?

    Estou adorando seu blog.
    Leio sempre e dou boas risadas. Não entenda mal, mas você consegue transformar fatos banais em uma grande aventura.
    Realmente você nasceu para escrever.

    Fique com Deus.
    Bj
    Rosangela

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  2. Ainda estou procurando na sua lista como ficou a solução desse seu big problem: e aí, conseguiu resolver? Também viajei com 1 cartão da VTM pra Disney com a Luisinha e, por sorte, nada disso aconteceu. Mas só de pensar... Good luck! Kisses Nanda

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  3. Zoltan??? UHuuuu ... só o nome já impressiona ...

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  4. Oi mana querida!
    Graças aos anjos e ao Universo você estava amparadíssima!
    Conseguiu resolver seu problema?
    Contagem regressiva para seu retorno!
    kisses
    Laurinha

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