terça-feira, 13 de outubro de 2009

Amsterdã 4 - Arrumei um Hans...

Acordei cedo, tomei café, peguei um mapa da cidade e fiz um roteiro básico para o dia: comprar o bilhete de trem para Frankfurt, ir ao mercado das flores, visitar a casa de Anne Frank, o museu Van Gogh, o museu Rembrandt, o museu do sexo, etc., etc.
Saí andando pela rua e parei na frente de uma loja de aluguel de bicicletas. Ora, parecia uma boa ideia! Por que não? Aluguei uma magrela por 24 horas e, depois de ouvir todas as orientações e de aprender a fechar os cadeados, saí pedalando pelas ciclovias de Amsterdã.
Eu e Hans (o nome da magrela) não nos entendemos muito bem. Ele, alto demais para mim, cor de laranja, pedais duros. Eu, que há mais de 20 anos não sabia o que era pedalar de verdade, por pouco não devolvi o veículo imediatamente (pedalar bicicleta ergométrica na academia não nos habilita a sair pedalando pela rua). Mas insisti. Afinal, tanta gente faz isso... Foi um dia de aventura. O dia do QUASE: quase atropelei o bonde (tram), quase caí na rua (por 3 vezes), quase caí dentro de um canal. Mas sobrevivi. Fui ao mercado das flores, depois à estação central - onde pelejei pra encontrar uma vaga pro Hans naquele mar de bicicletas - comprei meu bilhete, depois fui até a casa de Anne Frank, tomei chuva na lombada e cheguei lá ensopada, mas esqueci completamente da chuva depois de ver a carinha daquela menina tão meiga e corajosa. Saí tão abalada de lá que perdi meu mapa. Fiquei pedalando meio perdida pelas ruas. Ia perguntando daqui e dali. Um rapaz de bicicleta passou por mim e viu que eu estava em apuros. Parou e voltou: Do you need help? perguntou educadamente. Perguntei para que lado ficava o museu Van Gogh, ele explicou. Depois chegou perto de mim e disse: Você poderia me arrumar 5 euros? [pra comprar hemp]. Fiquei chocada. Dei 1 euro para o rapaz. Pelo jeito como ele saiu resmungando, creio que deve ter me chamado de "mulher que trabalha na porta-vitrine". Oh! God!
Bem, de volta ao meu passeio...
Acho que foi o sightseeing tour mais comprido que alguém já fez. Mesmo assim, consegui chegar ao museu Rembrand e ao museu Van Gogh. E fiz tudo montada no Hans! Opa! na bicicleta!
À noite, fui ao Xtreme Cold – um bar dentro de um freezer a menos 8 graus. Distribuem jaquetas e luvas para os clientes e servem bebida em copos de gelo. Verdade! Mordi o meu copo só pra comprovar. Depois passaram uma animação em 4D tentando imitar A era do gelo (que fiasco!).
Esqueci de contar uma coisa: tinha tanto brasileiro em Amsterdã que eu me senti em casa! Falei português a maior parte do tempo, ora com turistas, ora com vendedores. Ô, língua abençoada!

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